P. Cine&Tela: O que aprendi assistindo a Coraline

Quando assisti a Coraline, fiquei impressionado com quanta coisa legal dá pra aprender com uma história que parece só de aventura e suspense. No começo, eu até me identifiquei com a Coraline—ela estava entediada, achava seus pais ocupados demais e queria uma vida mais emocionante. Mas quando ela descobriu aquele outro mundo, cheio de cores e magia, eu também fiquei animado! Quem não gostaria de ter pais que nunca brigam, comidas deliciosas o tempo todo e brinquedos incríveis?  

Só que, aos poucos, fui percebendo que alguma coisa estava errada. A Outra Mãe era gentil, mas ao mesmo tempo assustadora. Ela queria que Coraline ficasse pra sempre naquele lugar, mesmo que isso significasse perder algo muito importante: sua liberdade. Aqueles botões nos olhos me fizeram pensar—será que vale a pena trocar quem a gente é por um mundo "perfeito" onde não podemos escolher nada?  

No final, Coraline entendeu que a vida real—com seus problemas, dias chatos e pais que às vezes estão cansados—é melhor do que qualquer mentira bonitinha. Ela aprendeu a valorizar o que tinha, mesmo quando não era perfeito. E isso me marcou muito!  

Também reparei que a Coraline só conseguiu vencer a Outra Mãe porque ela foi corajosa e usou a inteligência. Mesmo com medo, ela não desistiu de salvar sua família e os amigos. Isso me mostrou que, mesmo quando as coisas são difíceis, a gente pode ser forte e enfrentar os desafios.  

No fim das contas, Coraline me ensinou que:  

- A vida não precisa ser perfeita pra ser boa.  

- Desejos podem ser perigosos se a gente não pensar bem neles.  

- Coragem não é não ter medo—é enfrentá-lo quando precisamos.  

E agora, sempre que fico impaciente ou quero que tudo seja do meu jeito, lembro da Coraline e penso: "Será que eu estou sendo grato pelo que já tenho?" Porque, no fundo, a verdadeira magia não está num mundo de fantasia—está em aprender a amar a nossa própria história, mesmo quando ela tem uns capítulos meio chatos.  

(E agora eu nunca mais vou olhar para botões do mesmo jeito!)  

Se você ainda não viu Coraline, recomendo—mas talvez não antes de dormir! 😉