P. EaD: Fortalecimento do Vínculo Familiar
A aplicação constante de práticas reflexivas, como a TCC e The Work, também impacta positivamente o vínculo familiar. Quando os pais desenvolvem a habilidade de questionar seus próprios pensamentos e crenças, eles naturalmente se tornam mais abertos, empáticos e receptivos às necessidades emocionais dos filhos.
Por exemplo, diante de uma situação de conflito, como um filho que resiste a participar de uma atividade proposta, o pensamento automático poderia ser "Ele não me respeita e não quer colaborar". Com o questionamento, esse pensamento pode ser invertido. Vejamos novamente o trabalho da Byron Katie em ação. Lembrando que o objetivo é questionar esse pensamento automático e buscar novos pontos de vista que possam aliviar a tensão e ajudar na resolução do conflito. A ideia é transformar a situação ao olhar de diferentes ângulos, com compreensão e empatia.
1. O Pensamento Automático: "Ele não me respeita e não quer colaborar"
Esse é um pensamento que muitas vezes surge em momentos de frustração, especialmente quando vemos nossos filhos resistindo a algo que achamos importante. O que podemos fazer, nesse caso, é questioná-lo e buscar perceber se essa afirmação é realmente verdadeira.
Questionamento de Byron Katie:
1.1 É verdade?
A primeira pergunta é: "Ele não me respeita e não quer colaborar?" Podemos pensar se realmente essa é a única maneira de interpretar o comportamento dele.
Exemplo: O filho não quer fazer a atividade que foi proposta, mas isso significa que ele não respeita a mãe ou que ele está resistindo a algo que talvez ele não entenda ou não se sinta motivado a fazer naquele momento?
1.2. Você pode saber com certeza que é verdade?
Esse passo nos ajuda a duvidar da nossa própria certeza, abrindo espaço para outras explicações.
Exemplo: "Eu tenho certeza que ele não me respeita?" Talvez ele esteja cansado ou desmotivado, ou até mesmo com dificuldades pessoais que não sabemos.
1.3. Como você reage, o que acontece, quando você acredita nesse pensamento?
Quando acreditamos que ele não nos respeita e não quer colaborar, nossa reação pode ser de frustração, raiva ou até afastamento emocional, o que dificulta o entendimento da verdadeira razão do comportamento dele.
Exemplo: Se acreditamos que ele não quer colaborar, podemos responder de forma autoritária ou desaprovadora, o que gera mais resistência.
1.4. Quem você seria sem esse pensamento?
Sem esse pensamento, seríamos mais tranquilos, mais abertos a tentar entender a perspectiva do nosso filho.
Exemplo: Se, em vez de "Ele não me respeita e não quer colaborar", pensarmos "Ele tem uma razão para não querer participar agora", talvez possamos oferecer apoio ou buscar uma alternativa.
A Inversão:
Inversão 1: "Ele me respeita e quer colaborar"
Exemplo 1: Ele pode não estar gostando da atividade proposta, mas está respeitando o seu desejo de aprender. Pode estar resistindo de maneira a expressar suas necessidades, o que é uma forma de comunicação respeitosa.
Exemplo 2: O fato dele não querer fazer a atividade não significa que ele não tenha interesse em colaborar, ele pode querer aprender de uma maneira diferente ou no seu próprio tempo.
Inversão 2: "Eu não o respeito e não quero colaborar"
Aqui, a ideia é refletir se você, como mãe ou pai, está respeitando o espaço e as necessidades do seu filho e se está colaborando de verdade com ele em sua jornada de aprendizagem.
Exemplos de como você pode não estar respeitando o seu filho:
Você pode estar impondo uma atividade sem entender o que ele realmente quer ou precisa. Talvez ele esteja cansado, estressado, ou tenha outro interesse, ou tenha uma forma diferente de aprender. Respeitar seria reconhecer esses sentimentos.
Quando a atividade é imposta sem espaço para diálogo, você pode não estar colaborando com a maneira única que ele aprende. Em vez de propor algo que ele resista, talvez seja mais útil ouvir suas preferências ou buscar alternativas.
Inversão 3: "Eu não me respeito e não quero colaborar"
Aqui, você reflete sobre como você pode estar se desrespeitando, não colaborando consigo mesma ao impor pressões ou expectativas sem compreender seus próprios limites e necessidades.
Exemplos de como você pode não estar se respeitando:
Se você está reagindo com impaciência ou frustração, você pode estar colocando uma pressão desnecessária sobre si mesma, sem levar em conta que a situação exige empatia e paciência.
Ao não colaborar consigo mesma, você pode estar seguindo uma abordagem rígida e sem flexibilidade, o que dificulta a harmonia dentro do processo de ensino-aprendizagem.
Resumo:
O objetivo do trabalho de Byron Katie é questionar nossos pensamentos automáticos e abrir espaço para novas formas de olhar as situações.
Inverter o pensamento "Ele não me respeita e não quer colaborar" para "Ele me respeita e quer colaborar" pode ajudar a perceber que o comportamento do seu filho não é necessariamente um desrespeito, mas uma forma de expressar necessidades ou limites.
Refletir sobre "Eu não o respeito e não quero colaborar" pode mostrar onde você, como pai ou mãe, pode melhorar sua abordagem, respeitando mais o processo do seu filho e colaborando no aprendizado dele.
Por fim, a inversão "Eu não me respeito e não quero colaborar" pode ajudar a perceber como você pode ser mais gentil consigo mesma e mais flexível na maneira de lidar com as situações, respeitando seus próprios sentimentos e limites.
Esse exercício é uma maneira de transformar o conflito em uma oportunidade de aprendizado, tanto para você quanto para seu filho.
Essa mudança de perspectiva não apenas dissolve o conflito, mas fortalece a conexão emocional entre pais e filhos. O ambiente familiar se torna mais seguro e acolhedor, incentivando o diálogo aberto e o respeito mútuo.
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