P. Cine&Tela: A metaficção em JoJo's Bizarre Adventure

 Eu curto "JoJo's Bizarre Adventure", as poses são hilárias! É uma série de mangá escrita e ilustrada por Hirohiko Araki, publicada desde 1987. A trama é dividida em várias partes, cada uma com protagonistas diferentes, todos membros da família Joestar, cujos nomes são abreviados como "JoJo". A série combina ação, aventura e elementos sobrenaturais, girando em torno das batalhas entre os Joestars e seus inimigos.

Cada parte do mangá apresenta um enredo distinto, mas todas compartilham a presença de poderes especiais chamados Stands, que são manifestações físicas de energia espiritual que concedem habilidades únicas a seus usuários. E cada parte introduz novos personagens e configurações, mantendo um estilo visual e narrativo único que mescla elementos de cultura pop, moda e arte. 


Então, como a gente propôs em nosso cronograma de leituras, "JoJo's Bizarre Adventure", de Hirohiko Araki, pode ser analisado sob a perspectiva da metaficção, que é uma característica proeminente da narrativa pós-moderna. A série frequentemente se torna autoconsciente, comentando sobre si mesma e sobre o próprio ato de contar histórias, utilizando várias técnicas que exemplificam esse estilo narrativo.

### Narradores não confiáveis

Embora "JoJo's Bizarre Adventure" não tenha um narrador tradicionalmente pouco confiável, a série apresenta frequentemente personagens cujas percepções e intenções são distorcidas ou enigmáticas. Esses personagens criam um senso de intriga e mistério, incentivando os leitores a interpretar ativamente os acontecimentos e a questionar a veracidade dos eventos. A presença de vilões como Dio Brando, cujas motivações e ações são frequentemente manipuladoras, exemplifica como a série brinca com a confiança do leitor na narrativa apresentada.

### Quebras da quarta parede

"JoJo's Bizarre Adventure" utiliza quebras da quarta parede de maneira sutil, mas eficaz. Em várias partes da série, especialmente nas legendas estilizadas e nos comentários dos personagens, há momentos que sugerem uma consciência da própria narrativa. Isso cria uma sensação de intimidade e participação, fazendo com que os leitores se sintam mais conectados aos eventos e personagens da série. Um exemplo disso é a narração explicativa que frequentemente surge em meio às lutas, detalhando habilidades dos Stands e estratégias dos personagens, o que muitas vezes é apresentado de forma a lembrar aos leitores que estão imersos em uma história contada.

### Paródias de convenções narrativas

A série subverte e satiriza muitas convenções narrativas e clichês de gênero. Por exemplo, "JoJo's Bizarre Adventure" frequentemente utiliza tropos comuns das histórias de aventura e super-heróis, mas os distorce de maneiras inesperadas. A forma como as batalhas são travadas, focando em estratégias mentais complexas e truques criativos em vez de pura força bruta, desafia as expectativas dos leitores sobre lutas tradicionais. Além disso, a série frequentemente parodia estereótipos de personagens, criando figuras excêntricas e multidimensionais que subvertem os clichês esperados.

### Reflexões sobre o próprio ato de narrar

Araki frequentemente explora o processo de criação e recepção das histórias dentro da própria narrativa de "JoJo's Bizarre Adventure". A série faz uso extensivo de referências culturais, artísticas e históricas, o que estimula uma reflexão metaficcional sobre o significado e a interpretação das histórias. O autor também discute a natureza dos Stands como manifestações da psique dos personagens, o que pode ser visto como uma reflexão sobre a criação de personagens e suas motivações internas. Essa abordagem envolve os leitores em um diálogo mais profundo sobre os temas abordados, incluindo a própria natureza da narrativa e o papel do autor em moldá-la.

CONCLUINDO, "JoJo's Bizarre Adventure" exemplifica muitas características da metaficção pós-moderna, utilizando narradores pouco confiáveis, quebras da quarta parede, paródias de convenções narrativas e reflexões sobre o próprio ato de narrar para criar uma experiência de leitura rica e multifacetada. Essas técnicas não apenas entretêm, mas também incentivam uma análise crítica e uma apreciação mais profunda da obra como um todo.

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