P. Artesanato: Pirografia de um polvo

 Hoje, aos catorze anos, decidi me desafiar com algo mais complicado na pirografia: um polvo. Sempre fui fascinada por esse animal, com seus tentáculos longos e a forma como eles se movem, então parecia uma escolha perfeita para o meu projeto mais recente.

Diferente de quando eu tinha oito anos, agora me sinto muito mais confiante com o pirógrafo. Já conheço as temperaturas certas, como segurar o aparelho com firmeza, mas ao mesmo tempo com leveza, para não queimar demais a madeira. Peguei uma prancha de madeira clara, que eu sabia que mostraria bem os detalhes do desenho, e comecei.


Primeiro, desenhei o contorno do polvo a lápis. A parte mais desafiadora foi planejar os tentáculos de forma que não se embolassem no meio do caminho. Queria que parecessem fluidos, quase como se estivessem se movendo de verdade. Depois de pronto o esboço, peguei o pirógrafo e comecei a queimar a madeira, linha por linha.


Cada tentáculo era uma mistura de traços grossos e finos, com pequenas ventosas que eu precisei fazer com cuidado para não manchar ou exagerar. À medida que o desenho tomava forma, eu me perdi na concentração, vendo o polvo "ganhar vida" na madeira. O cheiro familiar da madeira queimada preenchia o ar, e a sensação de controlar o calor para criar sombras e texturas foi quase terapêutica.


Quando finalmente terminei, fiquei parada por um tempo só observando. O polvo parecia quase real, com seus tentáculos entrelaçados e o corpo texturizado. Foi um dos trabalhos mais complexos que já fiz, mas também o mais gratificante. Ver o quanto evoluí desde aquela primeira flor torta aos oito anos me deu uma sensação incrível de realização. Acho que o polvo se tornou meu novo desenho favorito!


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