P. HQs: Death Note e personagens fantásticos

O que aprendi com os shinigamis e o mundo fantástico de Death Note

Quando comecei a assistir Death Note, pensei que seria só uma história de suspense e investigação, com um caderno que matava pessoas. Mas logo percebi que havia muito mais ali: personagens sobrenaturais, regras misteriosas e ideias profundas sobre a vida, a morte e o poder. E foi impossível não prestar atenção nos shinigamis, esses deuses da morte que vivem em um mundo esquisito e escuro.

Vou te contar o que mais me chamou atenção sobre eles, como me senti assistindo, e o que cada um desses elementos me ensinou.


1. Ryuk: o shinigami entediado

O Ryuk foi o primeiro que apareceu. Ele é um ser esquelético, com asas enormes e um sorriso assustador. Mas sabe o que é engraçado? Ele não é malvado. Só estava entediado. Jogou o caderno no mundo dos humanos só pra ver o que ia acontecer. Ele gosta de assistir, como se a gente fosse um reality show pra ele. Ah, e tem uma coisa curiosa: ele ama maçã, como se fosse viciado.

Eu fiquei pensando: será que a gente também não faz isso às vezes? Se meter nas coisas dos outros só por diversão ou curiosidade? Ryuk me fez pensar na responsabilidade que a gente tem sobre o que observa e sobre como escolhe se envolver.


2. Rem: a shinigami que sentia amor

Depois apareceu a Rem. Diferente do Ryuk, ela realmente se importava com os humanos. Ela era protetora da Misa e fez de tudo pra defendê-la, até mesmo... bom, não vou dar spoiler. Mas Rem me emocionou. Ela mostrou que até seres da morte podem sentir amor e fazer sacrifícios por alguém.

Isso me fez pensar que cuidar de alguém pode nos transformar. Que amor verdadeiro, mesmo vindo de alguém inesperado, pode ser mais forte do que regras antigas e frias.


3. Sidoh: o atrapalhado

Sidoh é meio bobo, um pouco covarde, e aparece só por um tempo. Ele só quer o caderno de volta, que perdeu por descuido. Mas ele me lembrou como cada personagem tem sua história, e como até os mais “secundários” têm sentimentos e motivos.


4. O mundo dos shinigamis

Esse mundo é feio, seco e triste. Tudo cinza. Eles ficam lá, jogando entre si e vendo a vida humana de longe. A verdade é que o mundo deles parece sem sentido. Parece que viver só pela eternidade, sem propósito, é um castigo.

Isso me fez valorizar ainda mais o mundo humano — mesmo com as dores, ele tem cor, amor, risco, decisões. E isso é o que dá sentido à vida.


5. O Death Note: o caderno que mata

O Death Note é poderoso: basta escrever o nome de alguém e imaginar o rosto dessa pessoa, e ela morre. Simples assim. Mas o que parece simples logo fica complicado: tem regras, consequências e dilemas.

Esse caderno me fez pensar: será que alguém deveria ter o poder de decidir quem vive ou morre? O que a gente faria se tivesse esse poder nas mãos? A história mostra que isso pode corromper até as pessoas que tinham boas intenções no começo.


6. Os Olhos de Shinigami

Tem uma coisa chamada "Olhos de Shinigami". Quem faz um acordo com o shinigami pode ver o nome e o tempo de vida de qualquer pessoa só de olhar para ela. Mas tem um preço alto: você perde metade da sua própria vida.

A Misa fez esse pacto duas vezes. Duas vezes! Tudo isso por amor ao Light. Isso me fez refletir: será que às vezes a gente não entrega demais por alguém? Será que vale a pena abrir mão de tanta coisa por outra pessoa?


7. O Vórtice e o Reino dos Shinigamis

A entrada pro mundo deles parece uma fenda, um lugar de passagem. Pouco é mostrado, mas é como se fosse um “limbo” entre o mundo dos vivos e dos mortos. Um lugar misterioso, que dá um certo medo. Isso traz uma sensação de que o desconhecido está sempre por perto — e que há mais entre o céu e a terra do que a gente imagina.


8. A morte de um shinigami

Os shinigamis não são imortais. Se eles fizerem algo que prolongue a vida de um humano — como salvar alguém que estava destinado a morrer —, eles mesmos morrem. Se desintegram como pó.

É poético, né? Morrem por dar vida. Isso me fez lembrar de quando a gente se doa tanto por alguém que se desgasta. Mas, ao mesmo tempo, há algo bonito nesse sacrifício.


9. As regras e o "Mu"

Uma das regras mais assustadoras é: quem usar o Death Note não vai nem pro céu, nem pro inferno. Vai pro "Mu", que é tipo o nada. Um vazio eterno. Sem dor, mas também sem alegria.

Isso me fez pensar: e se a pior coisa não for sofrer, mas deixar de existir por completo? Será que nossos atos aqui definem pra onde vamos depois? Será que o vazio seria o maior castigo?


Conclusão

Tudo isso me fez perceber que Death Note não é só uma história sombria. É cheia de perguntas importantes sobre o certo e o errado, sobre escolhas, sacrifícios e o que dá sentido à vida.

Os shinigamis não são só monstros — eles são espelhos. Mostram lados diferentes da gente: o tédio, a curiosidade, a frieza, o amor, o medo, o desejo de controle. E no meio disso tudo, a gente vai tentando entender quem somos.

Se você curte histórias que te fazem pensar, que misturam fantasia com dilemas reais, vale muito a pena assistir.

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